Minha terra, meu viver

domingo, 21 de setembro de 2008

Presente

Há um certo tom de felicidade sobre mim. Eis prova viva dela: sorrisos diversos se alternam em minha face! Eu não os controlo nem domino, eles se lançam independente no espaço. E escorrem de mim feito laços, trazendo para mais perto quem eu já não tinha. Meus sorrisos se fazem também em abraços, qualificando minha existência em verdadeira vida.
Há um sopro de paz repousando em minh'alma, sussurrando frases que outrora eu não ouvia. Uma mansidão contagia meus braços, meus pulmões, minhas pernas, minha rima. É um descanso pela inexistência de medos, uma calma pela certeza de bons desejos. Essa paz me inembria de vontade, vontade imensa de emancipá-la para outros ares.
Há uma magia diferente circundando meu ser. Atinge meu olfato, meu paladar, meu tato. Posso me deleitar com seu aroma, me purificar com seu gosto, me transceder com seu contato. Sinto e isso já me basta. Como se os mares navegados d'antes não significassem nada do que eu ainda terei de navegar. Nem a água do passado não é mais a mesma a me banhar, pois o rio nunca é o mesmo (Heráclito). E o mar, então, não poderia ser diferente, é sempre água nova e presente.

Um comentário:

quem experimenta...