Minha terra, meu viver

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Todo o vazio do caminho
Descaminho meu espaço
Estilhaço de um abraço
Fragmentos de um moinho
Entre os sopros d'um passado
E um cálice d'um espinho
Carrego beijos como quem leva talos
Trago desejos como quem traz destinos
Na prece cantada de amor ardente
Encantada de voz palpitante
Tu me falas de coisas perenes
e eu te falo de coisas distantes
Dou-me como rosa bruta fechada à tardinha
e tu me véns como água d'um chafariz alvitrante.