Minha terra, meu viver

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Trevo

Há, pelo menos, dois caminhos. Não importam quais sejam, como estão dispostos. Mas garanto bem que eles existem. E se existem, como podes não me escolher?

Disseste outro dia que era o único, tua alternativa, pois, que estavas fadada a me amar... Se bem soubesses o que é amar, minha cara, não me terias deixado com tão poucos olhos, com tão poucos lábios, com tão pouca emoção.

Será que tu sabes, ao certo, o que é contar os dias? Conta mesmo com uma vida inteira? Quantos anos te daria? Tenho minhas dúvidas agora quanto a ti...De fato, julguei-te cedo demais.


Agora, com menos afago e empolgação dos primeiros dias, posso ler-te tão mais sem medo. E o que vejo, senão uma menina, a imaturidade que te escorrega pelos dedos. E eu não seria tão homem se contigo continuasse. Se contigo me firmasse. Se em ti me fizesse. Se tão em ti eu somente fosse.


...


De agora, que não mais sinto, não mais finjo e tudo o mais, guardo ainda aquele espelho que achei na prateleira. E o que está esquecido embaixo? Advinha... Tua foto e o teu bilhete: "volto em 20 dias".

Tu não aprendes, Amélia, tão menos agora eu te queria? Tu te complicas. Tão insana és tu, que segues caminho diverso do meu, mas que, todas às vezes, voltas, retornas com mala aprumada nas mãos. Quem te contou que eu não reagiria? Quem, meu Deus, quem?
Quem te imputou tamanha carência? Quem, Senhor, quem?

Já me desfiz dos dias, Amélia, que tão-somente chorei por não te ter.. E tu sabes, então, como estou agora?
A um passo de totalmente enlouquecer!

Por isso, minha santa, volta. Volta, retorna para estes braços que são teus. Tão-teus. Se parei de chorar quando partistes, acredite, desespero-me ainda mais sem lágrimas. Retorna, minha dádiva, volta-me, senão quem não volta sou eu.

Um comentário:

quem experimenta...