Minha terra, meu viver

sexta-feira, 18 de junho de 2010

E amarei quantas vezes for preciso

Na noite seguinte, abriu-se o chão
De onde saia tanta voz?
De onde vinha tanta água?
Me inundei em lágrimas..e o choro era medroso
medo de nunca mais parar....


Suei todo o calor de uma vida em um segundo. Medo maior não se teve. Não se viu. Sonhei tormentos. Na verdade, sequer dormi. Chorei. Chorei tantas vezes foram precisas. Calei. Silenciei eternamente numa tarde infinita. E me curei de todo o mal, de toda a dor, de qualquer angústia ou sinal de melancolia.
Sempre forte, sempre constante. Rezo por coragem e sabedoria. 
Que me vales falar de Amor e não praticá-lo?
Pratiquei na sua face mais íntima, mais distinta: perdoar.
De tão sofrido lamento, restou-me a mansidão. Mansidão dos meus dias mais dificeis. Mansidão de minhas noites mais precisas, mais necessitadas. Mansidão que todos levam a vida inteira para aprendê-la... E que eu a obtive em um único dia.
Com a dor, a gente se torna mais forte, mais constante, mais sereno, pois.
Com a dor não me distanciarei do que decidi ser a vida toda, do que eu decidi lutar e acreditar a vida toda: 
no Amor.
Nele acredito. Nele confio.
Ainda que me leve dias e dias para levantar.
 Mas a cada queda me torno melhor.
Porque o que me cai são partes que já não interessam mais.

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