Minha terra, meu viver

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Baby, I'm so alone

Correm-me os rios, os vales, coisas demais
Suspirando os navios, as flores e os capinzais
Estado sombrio quem mora é a cura acesa
Que invade o vazio, a morte e a destreza
No espaço sadio, me invade o tom tristeza
No mesmo arrepio que sai da madrugada ilesa
O meu desvario é a arte do inimigo cortante
A voz do esguio me vem como a da exasperante
Soam-me os pios, os farfalhos de gestos, amém
O grito doentio é o mesmo que me cega também
Ralam-me os vidros de acorde e timbre esfumaçante
Rompe-me o estio, o galho, a sombra do alcance
Desfaz-se o pavio da queima árdua no instante
Com resvalos de cera, de febre e também de sangue
Universo tardio de calma, ninguém consome
A porta que me abriu é, de certo, a que tem fome.

2 comentários:

  1. Olha você escreve muito bem mesmo, mas pra ser sincero não entendi muitoe pelo que dá pra perceber tem alguma coisa errada acertei?

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  2. acertou!!!
    faça sua interpretação,joão!
    não gosto de prener o texto para deixar,propositalmente, espaço livre para diversas interpretações. é bom saber como as pessoas podem nos ler, nos ver, nos sentir.


    no mais, obrigada pelo elogio. muito motivante!!!! =]

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