Minha terra, meu viver

sábado, 21 de novembro de 2009

Dias tais

Se tu, meu bem, bem me soubesse, abraçaria-me demasiadamente sem perguntar se tenho frio ou sequer febre...Se bem soubesse, não carecia nem falar.
Eu só contei trinta e cinco gotas, desde a hora do beijo à hora do pesar. Foram segundos silenciosos e tardios, cujo arrepio não me faz conta de contar.
Do instante exato que a porta abriu, seguiu a fio o teu doce ressonar. Do momento inexato que me despiu, senti o frio das tuas mãos ao me abraçar.
Já não careço sequer de fome para poder me alimentar. O que era dor não mais consome quem outrora ousou tanto lhe despertar.
Da janela falha de minha parede, o vento entra sem dobrar. Das minhas mãos, imensa deixa, deixo tua vida para em mim enfeitiçar.

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