Minha terra, meu viver

segunda-feira, 3 de março de 2008

Deitou-me na rocha e fez-se cinza
A carne crua e cruel apontou-me o devaneio
Das pétalas da flor se fez a saudade
E dos botões de girassóis, o medo
Na abrasiva cor de minhas fontes
e do notável som dos meus cabelos
Saiu intrépido o vociferar do teu nome
E o murmúrio do acalanto do teu beijo
Ai quem me dera ousadia e perturbar-te
Na cantoria que me faz teu céu
Eu te cubro de amor e de poesia
Amanhecendo no silencio infiél
Onde as escamas se tornam vazias
E o âmago é um vento de cor
Eu me despedaço no jardim de ambrosia
E tu te refaz no esplêndido incolor

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